Não tem coisa mais chata num trabalho do que ter que parar quando você está no embalo. Isso acontece muito comigo por culpa da noite que chega, como minha oficina é pequena, muitas coisas precisam ser feitas no quintal, mas lá a iluminação é fraca. Pra contornar esse problema tomei vergonha na cara e fiz uma coisa que já tinha que estar pronta há tempos. Uma luminária forte e móvel. O material estava guardado esperando.
Primeiro as luminárias em si. São duas cúpulas de alumínio dessas de jardim, compradas num ferro-velho pelo valor padrão deste tipo de estabelecimento, ou seja, dérreal. Como se pode ver na imagem, elas estavam bem judiadas:
Primeiro passo, limpar e desamassar. Felizmente o alumínio não havia sido perfurado, estava apenas amassado sujo e oxidado, nada em que não se possa dar um jeito.
Os acessórios foram desmontados e limpos, em parte com banho ácido, em parte com a escova de aço do esmeril. Casa material com seu uso mais adequado.
Algumas coisas foram guardadas para outros usos já que a luminária agora seria usada de forma diferente. Já algumas partes foram descartadas pelo péssimo estado em que estavam, como é o caso dos soquetes E27, que foram substituídos por novos:
As cúpulas, depois de lixadas levaram uma camada de fundo universal Duxone da Dupont e logo depois receberam duas camadas esmalte sintético de tinta amarelo Caterpillar da marca Koris:
Seguindo a dica de um amigo, batizei a tinta com catalisador próprio para tinta esmalte, isso faz com que ela seque mais rápido e fique com acabamento melhor.
Por dentro apliquei tinta cromo spray (Chemicolor), que nada mais é que a boa e velha tinta alumínio. Isso visa melhorar o direcionamento da luz.
Parafusos, porcas e arruelas foram pintados com tinta spray prata. Para fazer isso melhor eu uso o seguinte macete: prendo tudo com uma linha de costura, como uma daquelas fiadas de caranguejos que se vende em beira de estrada. Depois é só pendurar e mandar tinta:
Tudo pronto, foi só colocar as lâmpadas, a fiação e prender as duas luminárias em uma cantoneira. Esse conjunto foi montado em um tripé do tipo que músicos usam para apoiar partituras. Esse tripé eu ganhei, pedindo na cara dura, em uma casa em que entrei à trabalho.
A mesma coisa vista por trás:
A forquilha que apóia a cúpula permite ajustá-la nos dois eixos:
A articulação do tripé foi mantida, assim posso usar as cúpulas dispostas na horizontal ou na vertical, dependendo de onde se precise direcionar a luz.
Uma chave liga/desliga foi instalada temporariamente na cantoneira e aciona as duas lâmpadas ao mesmo tempo. As pontas dos fios estão ligadas à garras jacaré porque o rabicho definitivo ainda não foi comprado. Pra essa gambiarra eu quero usar fio PP, mas ao contrário do que eu pensei, não tenho mais dele em casa, então na segunda-feira comprarei alguns metros e finalizarei o trabalho.
Por fim, uma visão geral do serviço deste domingo: