sábado, 23 de abril de 2011

Carrinho Enxuta para Ferramentas

Um carrinho de ferramentas era uma coisa que me fazia falta na hora de pegar uma pá de coisas aqui dentro e levar pra trabalhar lá no quintal. Além de ter que fazer várias viagens me faltava um bom lugar onde apoiar as ferramentas e materiais que eu estivesse usando na hora.
A base dele foi o gabinete da velha máquina de lavar Enxuta, que tantas alegrias e gambiarras já me rendeu. Preciso de mais umas dessas aqui em casa.  



 Bem, não tem mistério, a parte mais trabalhosa é que sobre o gabinete eu instalei um tampo onde ficarão as coisas que precisam ficar à mão, sem ficar ocupando as mãos. Essa peça foi cortada e moldada a partir de uma prateleira de armário de aço que comprei na reciclagem. Pra dar as formas devidas usei minha dobradora de chapas (postarei em breve), depois fixei tudo com rebites 5/32. Todas as junções foram seladas com cola de silicone

 

 No interior eu ia colocar gavetas, mas acabei optando por prateleiras que são mais simples e resistentes. Pra isso usei o tampo de um armário de cozinha que foi substituído e um pedaço da porta de um gabinete de máquina de costura.



Fico bem forte e cabe bastante coisa.
Pra dar mobilidade instalei quatro rodízios com rodas de borracha, pra rodar bem dentro e fora de casa. Há dois fixos e dois móveis, pra facilitar na hora de guiar por entre a mobília.



E pra ter onde pegar, coloquei três puxadores, dois atrás pra empurrar e um na frente, pra puxar. Os puxadores são de um velho armário arquivo que já se foi.


Como eu disse, está quase pronto, ainda falta pintar por dentro e colocar um carpete de borracha sobre o tampo, pra não arranhar ainda mais a pintura, mas isso não tem pressa.


Fonte para Parafusadeira Skil

  Eu estou convencido de que a melhor ferramenta de um gambiarreiro é a sorte. Com sorte você terá a coisa certa, do jeito certo, na hora certa e na quantidade certa. Se isso não acontece, você precisa comprar pronto, e se for comprado pronto, não é gambiarra.
  Tenho uma parafusadeira Skil 9,6V, o tipo de ferramenta que eu sempre achei supérflua, até ganhar uma da patroa. De fato, ela é uma mão na roda, mas peca pela bateria. Na verdade peco eu em não ter comprado uma reserva.
Essa é ela:


 E essa é a bateria:
  

   Por muitas vezes precisei da parafusadeira e ela estava com meia carga, ou a bateria esgotou antes do serviço terminado. Considerando isso e o fato de que 90% do que o uso dela é sobre a bancada, decidi dar um jeito de usá-la ligada à energia.   
  Pra isso comprei no meu shopping na sucata uma fonte de 9V por 2A.


  Em seguida peguei para sacrifico a bateria mais fraca, que já não estava segurando carga ("Epa, mas você não disse que só tinha uma bateria?" Disse, mas essa outra eu comprei numa sucata). Antes de começar os procedimentos, uma gambiarrazinha pra ver se ele daria conta de tocar a parafusadeira


Tudo ok, ela deu conta do recado, já podia passar para a fase B.
  Fase B, também conhecida como Momento Jack o Estripador, ou “Vamos Ver Como Você É por Dentro”.
  Primeiro a fonte. Como a caixa não tinha parafusos, tive que abrir com uma alavancada da chave de fenda. Muita calma nessa hora, deu certo e nada foi afetado:


Depois foi a vez da bateria:


  Notem, que os contados ficam presos às pilhas. Tive que cortar esse contado com o alicate de corte. Mas tudo bem, as pilhas serão descartadas mesmo.
  Lembra quando eu falei da sorte? Olha ela aí! A placa encaixou feito uma luva no corpo da bateria:


  Aquele contado que eu separei das pilhas foi colado no lugar original com cola quente, dois fios soldados nele foram ligados à placa da fonte. A única alteração que eu fiz nela foi essa, retirar o cabo de saída.



  Como o cabo de entrada da fonte era de boa qualidade, tinha tomada (dois pinos chatos, é verdade, mas isso foi antes do novo padrão) e até o acabamento, usei ele mesmo. Aliás, o acabamento foi uma mão na roda:


Pronto, agora ela pode funcionar sem parar na bancada ou ir para longe com a bateria. Bateria essa que agradece as merecidas férias:




CUSTOS:
Fonte..........................R$3,00
Bateria esgotada.........R$1,00
Resultado....................Ficou 10



ACRÉSCIMO AO TÓPICO EM 14/10/2011

À pedido de um leitor que não se identificou, estou inserindo um improviso para explicar como ele pode fazer uma fonte para sua parafusadeira de 3,6V


Os diodos podem ser 6A1, 6A4, 6A6 ou 6A8, não faz diferença. Se não conseguir encontrar esse, pode usar o 1N4001 até 1N4007, mas esse é menos robusto e pode abrir o bico em usos mais prolongados. Espero ter ajudado.


Vou começar com coisas antigas.

Tenho muitas gambiarras antigas em casa, e a maioria delas tem fotografias e texto com o passo-a-passo, que eu publicava em outro lugar, sempre com o intuito de compartilhar as ideias com os amigos. Tem gente que adora exibir seus feitos, mas quase morre quando você diz que gostou e quer fazer um igual; eu sou e sempre fui o oposto disso. Com o tempo vou colocar algumas coisas que estão em arquivo, basta achar um espaço no dia.

Apresentação

Gambiarra nada mais é que uma lâmpada na ponta de um longo fio elétrico, usada para iluminação temporária em lugares afastados. Com o tempo o termo começou a ser usado para algo feito para uso temporário ou no improviso, Com o tempo tornou-se pejorativa e passou a significar algo mal feito  Mas o objetivo deste blog é resgatar o lado bom da gambiarra, mostrando o que pessoas criativas conseguem fazer com poucos recursos, material/ferramentas improvisado e muito talento.
Afinal, tudo que temos hoje um já foi uma gambiarra. Um dia os carros foram feitos com peças de carroça, os aviões foram de madeira e pano, e a roda já foi de pedra. É gambiarrando que a gente improvisa, resolve os problemas e, principalmente, se diverte. Então sejam todos bem vindos e vamos gambiarrar!

Quem representaria melhor o espírito da comunidade que ele?